Sobre Ponta Grossa

cidade de Ponta Grossa

Ponta Grossa é uma cidade brasileira localizada no centro do estado do Paraná, distante 103 quilômetros da capital Curitiba, com uma população de 314.527 habitantes. É o núcleo de uma das regiões mais populosas do Paraná: Campos Gerais do Paraná que tem uma população de mais de 800 000 habitantes (IBGE/2010) e o maior parque industrial do interior do estado. A cidade, também conhecida como "Princesa dos Campos", é a quarta (4°) mais populosa do Paraná e 76ª do Brasil.

História

Ponta Grossa teve seu território palmilhado a partir do século XVI, quando os Campos Gerais foram cruzados por expedições espanholas que demandavam do litoral catarinense até Assunção, no Paraguai. Mais tarde foi sucessivamente movimentada por conta das bandeiras seiscentistas, notadamente as da preia indígena. Mas a posse efetiva da terra, com fins de ocupação e colonização, que resultou na fundação da cidade de Ponta Grossa, deu-se a partir de 1800, período em que os Campos Gerais estavam sob a jurisdição da Vila Nova de Castro.

Os primeiros povoadores que aqui se estabeleceram, foram fazendeiros paulistas, vindos especialmente pela abundância de pastos naturais e beleza dos Campos Gerais. Fixaram-se nas imediações dos rios Rio Verde e Pitangui, lançando as sementes de povoação do lugar. Pouco tempo depois beneditinos do Mosteiro dos Santos obtinham concessão destes campos, que chamaram Fazenda Bárbara. No entanto, em 1813, o governador interino da Província de São Paulo, D. Matheus Abreu Pereira, doava estas mesmas terras ao alferes Atanagildo Pinto Martins, bandeirante paranaense que pelustrou os Campos de Palmas. Os beneditinos protestaram, alegando direitos adquiridos, apresentando o Termo de Concessão, mas de nada valeram os apelos, fincando a imensa área com o alferes Atanagildo.

Não demorou muito, e era senhor dos Campos Gerais, o capitão-mor José Góes e Moraes, este doou parte de suas terras aos padres jesuítas, que nas proximidades do Ribeirão São Miguel, afluente do Rio Pitangui, ergueram uma capela, a Capela de Santa Bárbara do Pitangui. Neste lugar estabeleceram o Curato da Companhia de Jesus, que em pouco tempo conheceu extraordinário progresso. Paralelamente a este fato, os campos iam sendo sistematicamente ocupados, com o surgimento de grandes fazendas de gado. Neste período destacam-se a Fazenda Bom Sucesso, do sargento-mor Miguel da Rocha Ferreira Carvalhaes, cujo limite abrangia área que hoje constitui o perímetro urbano de Ponta Grossa.

Onde hoje se encontra a Catedral Metropolitana, existia um rancho de pousada, erguido por tropeiros, junto a uma centenária figueira, sob a qual plantaram uma cruz. Era ali o ponto de parada de tropas e viajantes. Outro ponto de referência nesta época era a Casa-de-Telha, construída pelos padres jesuítas para maior aproximação com a fazendas da região do povo que nela morava. Nesta casa celebravam-se os ofícios do sacramento e festas religiosas. Em pouco tempo, em torno da Casa-de-Telha pipocaram as primeiras choupanas.

O fazendeiro Miguel da Rocha Ferreira Carvalhaes, atevendo o futuro do lugar, procurou incentivar seu progresso. Convocou os vizinhos, e também os fazendeiros Domingos Ferreira Pinto, Domingos Teixeira Lobo, Antonio da Rocha Carvalhaes e Benedito Mariano Fernandes Ribas e expôs a necessidade de se efetivar uma povoação, visto que resolveriam as dificuldades das questões eclesiásticas e lides civis, pois estavam jurisdicionados à Vila Nova de Castro. Carvalhaes ordenou ao capataz de fazenda, Francisco Mulato que procurasse na invernada Boa Vista, de propriedade, um local apropriado para se começar uma nova povoação, o local escolhido foi no subúrbio do bairro atualmente denominado Boa Vista. Ao cumprir a missão teria dito Francisco Mulato "Sinhô sabe bem porque é encostado naquele capão que tem a ponta grossa".

O grupo de fazendeiros gostou da ideia do nome, mas não aprovou a localização do futuro povoamento. Criou-se então um impasse, que foi resolvido com a participação de um pombo, uma branca ave doméstica, com um laço vermelho amarrado no pescoço, sendo que, quando solto nas pradarias, o seu pouso representaria o lugar providencialmente escolhido. Após algumas revoadas a ave pousou exatamente na cruz do rancho dos tropeiros, debaixo da figueira. Surgiu assim, num tom profético de boa predestinação, a efetiva povoação de Ponta Grossa. Algumas fontes dão o nome Estrela, como primitiva denominação de Ponta Grossa,"...porque podia ser vista de algumas léguas de distância, situada no meio dos campos, sobre uma eminência como a cidade atual ainda está" (Terra do Futuro - Nestor Victor).

A partir de então a povoação progrediu extraordinariamente. Em 15 de setembro de 1823, através de Alvará Imperial, foi criada a Freguesia de Estrela, sendo primeiro vigário da localidade o padre Joaquim Pereira da Fonseca. Em 1840 o patrimônio foi aumentado, por área denominada Rincão da Ronda e doada por Domingos Ferreira Pinto. Pela Lei Provincial nº 34, de 7 de abril de 1855, foi criado o município de Ponta Grossa, com território desmembrado do município de Castro, sendo devidamente instalado em 6 de dezembro do mesmo ano. A Lei Provincial nº 82, de 24 de março de 1862, elevou a vila à categoria de cidade. Em 15 de abril de 1871, através da Lei nº 281, passou a denominar-se Pitangui, mas voltou-se a chamar Ponta Grossa a partir de 5 de abril de 1872, pela Lei Provincial nº 409. Ponta Grossa passou a sede de Comarca em 18 de abril de 1876, pela Lei nº 469, sendo instalada em 16 de dezembro do mesmo, assumindo nesta data como primeiro Juiz de Direito o dr. Conrado Ericksen.

Em 1878, por iniciativa de Augusto Ribas, principiou-se a colonização russo-alemã no município. Dois anos após, o Imperador Dom Pedro II, principal incentivador das imigrações, fez visita à Província do Paraná, e ao passar pelos Campos Gerais parou em Ponta Grossa, tendo se hospedado na residência do Major Domingos Pereira Pinto, que posteriormente foi agraciado com o título de Barão de Guaraúna. Ponta Grossa conheceu grande progresso a partir de 2 de março de 1894, quando foi inaugurada a Estrada de Ferro Curitiba-Ponta Grossa, sendo que dois anos depois iniciou-se a construção da Ferrovia São Paulo-Rio Grande do Sul, sendo a cidade sede de grandes oficinas e escritórios da companhia ferroviária.

Quando era prefeito de Ponta Grossa o sr. Ernesto Guimarães Villela, em 1904, foi inaugurado o sistema de iluminação elétrica, sendo que esse sistema era fornecido pela empresa de Guimarães, Ericksen & Filho. Foi implantado o sistema de água e esgotos da cidade, iniciado na administração de Ernesto G. Villela, através de empréstimo realizado pelo governo do Estado, e concluído pelo prefeito Teodoro Batista Rosas. Esta obra foi projetada e supervisionada pelos engenheiros Alvaro Souza Martins e Jacob Schamber. Mais tarde, na administração do prefeito Brasílio Ribas, foi comemorado o centenário da fundação da Ponta Grossa.

O povo da cidade de Ponta Grossa recebeu em 17 de outubro de 1930, na estação ferroviária, o presidente Getúlio Vargas, que iniciava um período de quinze anos ininterruptos de governo. Nesta ocasião Getúlio caminhou pelas ruas da cidade, tendo ao seu lado o tenente-coronel Galdino Luís Esteves e Aristides Krauser do Canto, e por onde passava era ovacionado por populares que agitavam lenços e bandeiras vermelhas, símbolo da revolução. Ponta Grossa foi berço de grandes nomes da política paranaense, sendo conhecida como "Capital Cívica do Paraná". Atualmente Ponta Grossa destaca-se como um dos mais industrializados municípios do Estado, sem contar a importância no setor turístico, com Furnas, Lagoa Dourada e a mística Vila Velha.

Economia

A economia de Ponta Grossa teve três grandes impulsos durante o século XX. O primeiro em meados de 1900 com a instalação da ferrovia, o segundo na década de 70 com a instalação de grandes indústria da área alimentícia e moageira, e o terceiro na segunda metade da década de 1990 com a instalação de grandes empresas nacionais do setor logístico e de produção e investimentos de grandes redes do setor de serviços.

O município está próximo dos principais mercados consumidores do país, São Paulo e Curitiba, e é ponto de passagem para a exportação de produtos pelo Porto de Paranaguá e pelo Corredor do Mercosul, rodovia que liga o Sudeste do Brasil aos países do Mercosul. É a quarta principal cidade exportadora paranaense e a décima do Sul, em especial, para o Japão e a Europa.

Indústrias

A cerca de dez quilômetros do centro da Ponta Grossa está o Distrito Industrial Ciro Martins. O complexo, localizado próximo á região do Bairro Cara-Cará, é o maior do interior do estado, atrás apenas de Curitiba e sua região metropolitana. A cidade tem indústrias nos seguintes ramos: extração de talco, pecuária, agroindústria (em particular a soja, que confere ao município o título de Capital Mundial da Soja), madeireiras, metalúrgicas como a Metalsistem do Brasil Especializada em Movimentação e Armazenagem, metal-mecânico, alimentícias, têxteis.

Algumas das plantas industriais instaladas em Ponta Grossa são: Monofil, LP Masisa, Braslar Eletrodomésticos, Makita,Cervejarias Heineken, Continental, Tetra Pak, Beaulieu do Brasil, Cargill, Bunge, Louis Dreyfus Commodities, Nidera, Cooperativa Batavo, Batavia, Sadia, CrownCork, entre outras, principalmente do ramo moageiro-alimentício. Na região do Distrito Industrial também está instalado o armazém graneleiro da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), o maior complexo armazenador de grãos do Brasil, com capacidade estática para 420 mil toneladas.

A posição geográfica estratégica garante a proximidade para o transporte para portos (de Paranaguá ou mesmo Santos, aeroportos (Curitiba e o projetado dos Campos Gerais) e países vizinhos, como Argentina e Paraguai.

O processo de industrialização aconteceu na cidade no período entre 1975 e 2005 impulsionado pela boa infra-estrutura de transporte, mão-de-obra qualificada e barata, com a presença da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e, a partir de 1991, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Atualmente, mais um Complexo Industrial está se desenvolvendo na região norte da cidade, com a implantação de indústrias alimentícias e automobilísticas de alto padrão, o que irá impulsionar o crescimento da cidade no futuro.

Serviços

Por tratar-se de um grande tronco rodoferroviário, Ponta Grossa é conhecida como capital dos caminhões. O setor que atua nesta área é amplamente desenvolvido e diversificado, atraindo frotistas e caminhoneiros de todo pais para efetuar reparos em seus veículos, este setor esta concentrado nas regiões das avenidas Souza Naves e Presidente Kennedy e também na rodovia PR 151.

No setor de serviços, a cidade conta com grandes redes de supermercados, como o Hipermercado Big (controlado pela Wal-Mart) e a paranaense Super Muffato, shoppings centers, redes de fast-food (como Mc Donald's, Bob's e o Burger King)e o já anunciado Habib's, além de grandes lojas nacionais e regionais de lojas de departamentos, eletro-eletrônicos e varejo.

O município possui um dos maiores valores de PIB do Paraná e, paradoxalmente, apresenta déficits pronunciados de infraestrutura. Uma evidência disso são os números de 2007 do IPARDES, indicando que Maringá tem uma população semelhante, mas apresenta maior rede de água e esgotos, maior área asfaltada e um número menor de pessoas em situação de pobreza.

Segundo pesquisa realizada pela Revista Você S/A, Ponta Grossa é a 84ª melhor cidade para se fazer carreira no Brasil.

Para homenagear a comunidade de moradores desta maravilhosa cidade, o Encontra Paraná criou o Encontra Ponta Grossa.

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Limites - Cidades Vizinhas

Campo Largo, Carambeí, Castro, Ipiranga, Palmeira, Teixeira Soares e Tibagi.

Dados Principais sobre a Cidade de Ponta Grossa

Aniversário: 15 de Setembro
Fundação :
1823
Gentílico:
ponta-grossense
Área:
2 067,545 Km²
População
314 527 hab. (2011)
IDH 0,804 - elevado
Prefeitura Ponta Grossa

Brasão de Ponta Grossa
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Bandeira de Ponta Grossa
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